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Economia

04/11/2022

Carcinicultura potiguar projeta retornar à rota do comércio internacional em 2023

Entre 2003 e 2004, as exportações de camarão do Brasil representavam aproximadamente 78% do destino da produção nacional, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão - ABCC. O país chegou a liderar o comércio de camarões, nas classificações pequenas e médias, com os Estados Unidos (21,7 mil toneladas), em 2003, e de camarões tropical, com a União Europeia (39,0 mil toneladas), em 2004.

Desvalorização cambial e ação antidumping, imposta pelos EUA, levaram à perda de competitividade (principalmente, em relação ao Equador e a China). Tudo isso, somado aos preços favoráveis do mercado interno, está entre os fatores que reduziram sobremaneira as exportações brasileiras  e ampliaram a participação do mercado brasileiro, que, em poucos anos, passou a consumir todo o camarão produzido em território nacional.

Com muito esforço dos produtores e da ABCC, em 2021, mesmo com a pandemia, houve um ensaio para o retorno das exportações. A Ásia como principal destino. O total comercializado, segundo informações da ABCC, chegou a 320 toneladas, que rendeu 1,5 milhão de dólares. A expectativa para 2022 e 2023 é ampliar o volume comercializado e voltar a participar de forma mais expressiva do gigantesco mercado internacional, que gera 30 bilhões de dólares por ano, segundo informou Itamar Rocha, presidente da ABCC. 

"O Camarão brasileiro precisa urgentemente retornar ao mercado internacional", enfatiza Itamar. "Exportamos apenas 320 toneladas (que gerou 1,5 milhão de dólares), em 2021, um volume ínfimo se comparado às exportações do Brasil (58.455 toneladas / US$ 226 milhões), em 2003, e às do Equador (841.722 toneladas / US$ 5,087 bilhões), em 2021”.

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