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Dado consta no relatório “Panorama da Infraestrutura – Edição Nordeste”, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria.

CNI: 74% dos empresários consideram infraestrutura do Nordeste regular, ruim ou péssima

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou o relatório “Panorama da Infraestrutura – Edição Nordeste”, que examina em detalhes o setor de infraestrutura na região. O estudo aponta que 74% dos empresários industriais avaliam as condições de infraestrutura no Nordeste como “regular”, “ruim” ou “péssima”.

O relatório, apresentado na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), aborda os setores de transporte, energia e saneamento básico, destacando os principais desafios e propondo melhorias. Esta publicação faz parte de uma série de cinco relatórios regionais, cujo objetivo é traçar um panorama das condições de infraestrutura em todo o Brasil, identificando necessidades de investimento e prioridades do setor industrial.

“Esse estudo é fruto de uma articulação com empresários e com as federações das indústrias da Região Nordeste no intuito de preparar e fortalecer a infraestrutura dos estados para a neoindustrialização que o Brasil precisa“, afirmou Ricardo Alban, presidente da CNI.

O relatório sublinha que uma infraestrutura adequada é essencial para o crescimento econômico, o aumento da produtividade e a redução de custos no processo produtivo. Para o presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante, a infraestrutura é crucial para o desenvolvimento, destacando o papel das energias renováveis, como o hidrogênio verde, e a necessidade de conclusão de projetos estruturantes como a ferrovia Transnordestina.

A pesquisa de percepção dos empresários industriais revela que, na Região Nordeste, três em cada quatro empresários consideram a infraestrutura regional insatisfatória. Os principais problemas apontados incluem a precariedade das rodovias, a escassez de malha ferroviária, o alto custo do combustível e deficiências no acesso e infraestrutura dos portos e aeroportos.

Principais gargalos identificados:

• Infraestrutura das rodovias;
• Custo do combustível;
• Pouca malha ferroviária;
• Acesso aos portos/Infraestrutura dos portos;
• Problemas no transporte aéreo;
• Investimento em infraestrutura de tecnologia.

Apesar das dificuldades, o relatório aponta que o Nordeste tem se destacado na produção de energia renovável, liderando a geração de energia eólica e solar no país. A região, que antes importava energia, agora é uma exportadora significativa.

O relatório conclui com uma série de propostas para melhorar a infraestrutura na região, incluindo a conclusão de obras rodoviárias e ferroviárias estratégicas, a modernização dos portos e hidrovias, e o incentivo à produção de energias renováveis, especialmente o hidrogênio verde.

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