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Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco
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Influenciadora é acusada de ter criado um site de apostas com o intuito de lavar dinheiro proveniente de jogos ilegais, segundo a polícia.

Entretenimento

10/09/2024

Deolane Bezerra é solta e vai cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica

A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra foi liberada da Colônia Penal Feminina do Recife nesta segunda-feira (9) após obter um habeas corpus concedido pela Justiça de Pernambuco. Ela cumprirá prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, sua mãe, Solange Bezerra, permanece presa.

A informação foi confirmada pela irmã de Deolane, Dayane Bezerra, por meio das redes sociais.

Deolane e sua mãe haviam sido presas na semana anterior como parte da Operação Integration, deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco. A advogada é acusada de ter criado um site de apostas com o intuito de lavar dinheiro proveniente de jogos ilegais, segundo a polícia. A investigação visa um grupo suspeito de movimentar cerca de R$ 3 bilhões em um esquema de lavagem de dinheiro ligado a apostas.

A decisão judicial que beneficiou Deolane também se estendeu a Maria Eduarda Filizola, esposa de Darwin Henrique da Silva Filho, dono da plataforma de apostas Esportes da Sorte. Segundo as autoridades, ambas foram favorecidas por uma legislação que permite a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar para gestantes, lactantes e mães de crianças de até 12 anos ou pessoas com deficiência.

Operação Integration

A Operação Integration, coordenada pela Polícia Civil de Pernambuco, contou com apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, da Interpol e de forças de segurança de outros estados, incluindo Goiás, Paraná, Paraíba e São Paulo. As investigações tiveram início em abril de 2023.

De acordo com a polícia, entre janeiro de 2019 e maio de 2023, a organização criminosa movimentou mais de R$ 3 bilhões, quase todo esse valor proveniente de atividades ilegais relacionadas a jogos de azar. Para ocultar a origem ilícita dos recursos, o grupo utilizava várias empresas, como eventos, publicidade, casas de câmbio e seguros.

Em nota, o Ministério da Justiça explicou: “O dinheiro era lavado por meio de depósitos fracionados em espécie, transações bancárias entre os investigados com o imediato saque do montante, compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógios de luxo, além da aquisição de centenas de imóveis”. Empresas do ramo de apostas também são suspeitas de colaborar com o esquema, tentando dar uma aparência legal ao dinheiro.

A operação segue em andamento, com mais pessoas e empresas sob investigação.

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