Sandro Menezes/Governo do RN

Para o governador em exercício Antenor Roberto, o sistema prisional do RN avançou muito nas questões de legalidade e vive uma nova fase.

Evento envolve setor produtivo nas políticas de emprego para pessoas privadas de liberdade

A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) foi palco de uma ampla apresentação sobre “O Setor Produtivo e sua Importância na Promoção de Política de Expansão de Emprego e Renda para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional do Rio Grande do Norte”. Governo do Estado, empresários, policiais penais, representantes da Justiça e instituições ligadas às causas sociais estiveram presentes no encontro que contou com a palestra sobre as boas práticas envolvendo trabalho prisional na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) de Santa Catarina. 

O encontro faz parte do projeto “Trabalho prisional da empresa: responsabilidade social e cidadania” com o objetivo de promover a conscientização dos empresários e instituições sobre o tema. 

Para o governador em exercício Antenor Roberto, o sistema prisional do RN avançou muito nas questões de legalidade e vive uma nova fase com foco nas ações de educação e trabalho. “A utilização de mão de obra carcerária já é uma realidade. Hoje mesmo iniciamos a obra de recuperação do Presépio de Natal com a utilização de privados de liberdade”, disse. 

O empresário Márcio Thomaz apresentou as vantagens da instalação da indústria no ambiente prisional. “Tivemos um aumento de 30% na produtividade. Isso é uma realidade em nossas instalações”, disse. A Brasmo atua na industrialização de equipamentos para proteção e higiene industrial e, desde 2019, se implantou no sistema prisional de Santa Catarina. 

O ex-secretário da SAP, Leandro Lima, falou sobre “Trabalho prisional: economia, dignidade, segurança e oportunidade”. “Os empresários de Santa Catarina empregam oito mil pessoas privadas de liberdade. O Sistema Prisional é exitoso e dá retorno financeiro ao Estado e aos empresários”, garantiu. A SAP/SC garantiu recursos da ordem e R$ 31 milhões este ano somente com a contrapartida de 25% do salário pago pelas empresas aos internos.  

 O secretário Pedro Florêncio, destacou a parceria da SEAP com a FIERN no projeto. “Transformar o sistema prisional, fazer com que privados de liberdade possam ser devolvidos à sociedade transformados, é um tema de fundamental importância para a sociedade e para a paz social. Este evento com os gestores e empresários de Santa Catarina mostra como é possível essa transformação. Estamos nos espelhando nos melhores, pois Santa Catarina é referência no Brasil”, disse.

O Governo do Estado já utiliza mão de obra carcerária em diversas obras e serviços. Os privados de liberdade do RN já atuaram em escolas, na sede dos Bombeiros Mirins, na Cidade da Criança, no Forte dos Reis Magos, em secretarias de Estado, além de reformar centenas de macas e carteiras escolares. Detentos também trabalharam nos hospitais Maria Alice Fernandes, Giselda Trigueiro, João Machado,  Tarcísio Maia e Alfredo Mesquita.

Mais lidas