O medo, a angústia e a tensão tomaram conta de boa parte das pessoas que eram contrárias à eleição de Jair Bolsonaro em 2018. No curta-metragem “Um domingo para nunca mais”, sete mulheres, entre elas uma das diretoras do filme, contam onde estavam, com quem estavam e como se sentiram com o resultado. Nessa quarta-feira (24), às 19h, o curta será exibido gratuitamente na Cervejaria Resistência.
“Eu imaginava como tinha sido o impacto daquela eleição para militantes de todo o país. Os discursos e demais atos públicos do presidente eleito certamente seriam registrados pela imprensa, analisados por pesquisadores. Mas como registrar o quanto esse período afetou as subjetividades de pessoas atingidas pelo ódio do bolsonarismo?”, diz Mônica Mourão, que divide a direção do curta com Hadija Chalupe.
Os áudios captados online, durante 2021, em entrevistas para o podcast “Pra frente é que se anda”, ganharam imagens produzidas em Natal, Recife e Rio de Janeiro. Foram ouvidas a arquiteta e integrante do Coletivo Leila Diniz Cláudia Gazola, a professora trans Bia Crispim (em Natal); a jornalista e coordenadora da ONG Bem TV Daniela Araujo e a militante da Associação Brasileira de Lésbicas Rosângela Castro (no Rio de Janeiro); a enfermeira do Grupo Curumim Paula Viana e a fundadora da Articulação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conaq) Givânia Maria da Silva (em Pernambuco, respectivamente Recife e Quilombo de Conceição das Crioulas).
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