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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Em novembro, fabricantes do Polo de Manaus produziram um volume de motocicletas 13,6% maior ao registrado no mesmo mês do ano passado.

Economia

12/12/2022

Indústria de motocicletas cresce 18,7% e registra melhor resultado em oito anos, aponta Abraciclo

A indústria de motocicletas registrou aumento de 18,7% no acumulado do ano. Segundo levantamento da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, de janeiro a novembro, foram fabricadas 1.328.105 unidades. No mesmo período do ano passado, 1.118.790 motocicletas saíram das linhas de montagem do PIM (Polo Industrial de Manaus). Ainda de acordo com dados da associação, esse é o melhor resultado para os onze primeiros meses do ano desde 2014, quando foram produzidas 1.432.842 motocicletas.

O presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que o volume de produção está dentro do planejado e que a expectativa de fabricar 1.420.000 motocicletas deverá ser atingida. “Depois de um primeiro bimestre conturbado devido aos casos da variante Ômicron, as unidades fabris retomaram o ritmo das linhas de montagem e a produção vem subindo para atender à demanda do mercado”, enfatiza.

Em novembro, as fabricantes do Polo de Manaus produziram 129.216 motocicletas. O volume é 13,6% superior ao registrado no mesmo mês do ano passado (113.776 unidades) e 5,9% menor na comparação com outubro (137.346 motocicletas). Segundo dados da Abraciclo, esse é o melhor resultado para o mês em nove anos. Em 2013 foram fabricadas 156.044 unidades.

Fermanian acredita que o segmento de motocicletas deva continuar aquecido. “Depois dos resultados positivos e do crescimento do segmento este ano, acreditamos que a procura pela motocicleta deverá seguir em alta em 2023”, analisa. “Muitos brasileiros encontram no modal um veículo ágil, de custo de manutenção mais em conta e com maior facilidade de aquisição”, completa.

Vendas no varejo

No acumulado do ano foram emplacadas 1.229.737 unidades, aumento de 17,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (1.044.413 motocicletas). Assim como a produção, foi o melhor resultado desde 2014 (1.301.981 unidades).

Os licenciamentos totalizaram 123.214 unidades em novembro. O volume é 15,8% superior às 106.442 motocicletas emplacadas no mesmo mês do ano passado e 2,4% maior que o registrado em outubro (120.273 unidades). De acordo com levantamento da associação, esse é o melhor resultado para o mês desde 2011, quando foram licenciadas 166.640 motocicletas.

Com 64.557 unidades e 52,4% de participação no mercado, a Street liderou o ranking das categorias mais licenciadas. Em segundo lugar, ficou a Trail (23.312 motocicletas e 18,9% do mercado), seguida pela Motoneta (18.566 unidades e 15,1%).

A média diária de vendas em novembro, que teve 20 dias úteis, foi de 6.161 unidades. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, com um dia útil a menos, a alta foi de 10% (5.602 emplacamentos/dia). Já em relação a outubro, com o mesmo número de dias úteis, houve crescimento de 2,4% (6.014 unidades licenciadas/dia).

Muito utilizadas nos serviços de entrega e nos deslocamentos urbanos, as motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cilindradas) chegaram a 101.668 unidades licenciadas, o que corresponde a 82,5% dos emplacamentos. Os modelos de 161 a 449 cilindradas tiveram 17.864 unidades licenciadas (14,5% do mercado), enquanto as motocicletas acima de 450 cilindradas registraram 3.682 emplacamentos (3%).

De acordo com o presidente da Abraciclo, a fila de espera pelos modelos de baixa cilindrada e pelas scooters ainda deverá se estender pelos próximos meses. “Isso ainda é reflexo do primeiro bimestre, quando cerca de 100 mil motocicletas deixaram de ser produzidas. Além disso, em dezembro, teremos as férias coletivas quando as fábricas aproveitam para realizar as manutenções e os ajustes necessários em suas linhas de montagem”, explica.

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