Houve um tempo em que se propagava o mito de que a pessoa gestante deveria se privar de muitas atividades do dia a dia, inclusive a prática de exercícios físicos regulares. No entanto, está comprovado que, caso não haja contraindicação médica, é essencial continuar treinando durante a gravidez.
A musculação, por exemplo, é reconhecida pela ciência, desde 2002, como segura para gestantes saudáveis. De acordo com a profissional de Educação Física Roseane Lopes, coordenadora técnica da academia Pulse, se liberada pelo seu médico, a gestante deve continuar treinando.
"Tanto é seguro, quanto traz bastante benefício para a mulher e para o bebê", diz a profissional. "A mamãe que fez a primeira consulta de pré-natal e não apresenta risco gestacional deve manter a rotina de exercícios físicos, com intensidades leves a moderadas e sempre sob um acompanhamento especializado".
Segundo a coordenadora, o treinamento no primeiro trimestre tem como objetivos melhorar o fortalecimento muscular da mãe, principalmente os músculos do assoalho pélvico, e aumentar o condicionamento cardiovascular.
"Quando a mãe tem uma gestação sem riscos, a prática da musculação deve ser ininterrupta, tendo sempre alguns cuidados em determinados exercícios que não são indicados, pela possibilidade de aumento da lombalgia gestacional, diástase abdominal e problemas na musculatura do assoalho pélvico", explica.
Alguns dos exercícios evitados são abdominais convencionais, pranchas, exercícios com saltos, burpee, exercícios com rotação de tronco ou outro que possa gerar desconforto para a mãe.
Por fim, Roseane fala sobre os exercícios de cardio. "O treinamento aeróbico deve ser mantido, na frequência de quatro a cinco vezes por semana, no mínimo 30 minutos, em gestantes ativas", reforça. "Para as pessoas sedentárias, o recomendado é iniciar com três vezes na semana, 15 minutos diários".
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