ara Fabiana Coimbra, o diferencial está na abordagem, no equilíbrio e na honestidade da informação nutricional apresentada
O Dia Mundial da Alimentação Saudável é celebrado nesta segunda-feira (16) para reforçar a importância dos bons hábitos alimentares. Para isso, é importante driblar o terrorismo nutricional e a forma como as pessoas enxergam os alimentos.
De acordo com a nutricionista e professora do curso de Nutrição da Universidade Potiguar (UnP), Fabiana Coimbra, primeiramente é preciso levar em consideração os benefícios de comer corretamente. Segundo ela, “uma boa alimentação ajuda na prevenção de doenças, manutenção do peso, garante energia e disposição, melhora a saúde mental, o crescimento e o desenvolvimento, contribuindo para a longevidade do indivíduo. Manter na rotina uma alimentação saudável é crucial para alcançar e manter um estilo de vida saudável e prevenir diversas doenças relacionadas à alimentação inadequada”.
Conforme destacado pela docente, a importância de manter uma alimentação saudável ao longo de todas as fases da vida não pode ser subestimada. É essencial adaptar a alimentação para atender às necessidades nutricionais específicas de cada grupo etário, para garantir a promoção da saúde e o bem-estar em todas as etapas do ciclo de vida. Esse compromisso com a alimentação adequada não só beneficia a saúde física, mas também desempenha um papel crucial na manutenção de uma mente saudável e equilibrada.
“Quando criança, nosso organismo necessita de boa alimentação para ajudar no crescimento e desenvolvimento, além de prevenir deficiências. Quando adultos, o objetivo é prevenir doenças, físicas e mentais, além de manter o peso ideal. Enquanto que na velhice, comer bem pode ajudar na prevenção de doenças relacionadas à idade, na garantia de independência e na qualidade de vida em geral”, destaca Coimbra.
Saúde mental
Em se tratando de saúde mental, uma dieta equilibrada influencia positivamente no cotidiano de qualquer pessoa. Nessa perspectiva, muitos estudos evidenciam que a alimentação saudável fornece nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e ácidos graxos ômega-3, que desempenham um papel fundamental na função cerebral.
Alimentos ricos em fibras, proteínas magras e carboidratos complexos podem ajudar a regular os níveis de açúcar no sangue, evitando flutuações extremas que podem afetar o humor. E alimentos ricos em antioxidantes, como frutas e vegetais, ajudam a combater o estresse oxidativo no cérebro, o que pode reduzir os sintomas de ansiedade e estresse.
“Certos alimentos contêm substâncias que influenciam o sono, como o triptofano, encontrado em alimentos como a banana, o peru e o leite. Uma dieta que promove o sono saudável pode melhorar a qualidade do descanso e, por sua vez, a saúde mental. Estudos sugerem que uma dieta saudável está associada a um menor risco de desenvolver doenças mentais, como depressão e transtornos de ansiedade. Além disso, uma alimentação rica em antioxidantes e anti-inflamatórios pode ajudar a proteger o cérebro contra danos que podem contribuir para doenças neurológicas”, explica a especialista.
Terrorismo nutricional
Promover uma abordagem equilibrada e baseada em evidências para a alimentação saudável é fundamental para garantir que as pessoas recebam informações confiáveis e realistas sobre como melhorar sua saúde e qualidade de vida. Essa abordagem considera que cada pessoa é única e que não há uma dieta única que sirva para todos.
“O diferencial entre a alimentação saudável e o terrorismo nutricional está na abordagem, no equilíbrio e na honestidade da informação nutricional apresentada. Por isso, é importante diferenciar um do outro uma vez que pode levar a comportamentos alimentares extremos, ansiedade em relação à comida e até distúrbios alimentares, como compulsão alimentar. Informações nutricionais sensacionalistas e infundadas podem confundir as pessoas e dificultar a tomada de decisões importantes sobre sua alimentação”, reforça a professora da UnP.
O terrorismo nutricional tende a adotar abordagens extremas e criminaliza grupos inteiros de alimentos, como os carboidratos e gorduras, sem considerar seu papel na dieta. Muitas vezes, apresenta informações exageradas ou sensacionalistas para chamar a atenção, sem base científica sólida. “Para evitar os riscos desse tipo de abordagem, é importante buscar um nutricionista de saúde sério, reconhecido por boas práticas e que respeite os limites do indivíduo”, frisa Fabiana.
©2022 Dido Informação com Opinião. Todos os direitos reservados