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Roque de Sá/Agência Câmara
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Cientistas apontam que o próximo Congresso será mais conservador que o atual, mas são cautelosos quando falam de apoio.

Política

04/10/2022

Para cientistas políticos, relação do Congresso com governo depende de quem for eleito presidente

Um dia após o fechamento das urnas, a conclusão da apuração pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou as projeções que davam como certo o aumento da bancada de partidos de centro-direita no Congresso que vai tomar posse no ano que vem.

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, terá a maior bancada na Câmara dos Deputados, subindo de 76 para 99 parlamentares. A legenda também será a maior bancada no Senado, com 14 senadores.

Na Câmara, depois do PL vem a federação formada por PT, PV e PCdoB, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 80 deputados. A bancada do PT subiu de 54 para 68. O número total de 80 chega com os seis do PCdoB e os seis do PV.

Em seguida, as maiores bancadas no ano que vem na Câmara serão a do União Brasil, com 59 deputados; a do PP, com 47; e a do MDB, com 42.

Esse cenário de polarização entre os partidos de Lula e de Bolsonaro repete 2018, quando o PT elegeu 54 deputados e o PSL, então partido de Bolsonaro, 52.

Congresso conservador
Cientistas políticos apontam que o próximo Congresso será mais conservador e de direita que o atual, mas eles são cautelosos quando falam do apoio de deputados e senadores ao futuro governo.

Para o analista Antônio Augusto de Queiroz, o comportamento do Congresso está diretamente ligado a quem será o próximo presidente da República. Se Jair Bolsonaro for reeleito, ele prevê uma ênfase nas pautas de costume e em projetos que aumentam penas para crimes.

"Essa nova composição é uma composição mais centro-direita que a atual. Agora, o presidente da República tem uma influência sobre o comportamento do Congresso muito grande. Então, por exemplo, se for o presidente Bolsonaro, o Congresso vai se direcionar muito para a direita", avaliou.

Para o especialista, o atual presidente, caso vença o 2º turno das eleições, terá a oportunidade de fazer as reformas de costumes que ele não conseguiu fazer no primeiro mandato. "Se Bolsonaro for reeleito, ele tem uma base muito apropriada para isso. Houve um crescimento significativo de evangélicos e da bancada de segurança", disse.

Para Antônio Augusto Queiroz, o PL ter a maior bancada não significa necessariamente oposição automática a Luiz Inácio da Silva, caso o candidato do PT seja eleito. Segundo Queiroz, pouco mais de 30% dos deputados do PL podem ser considerados bolsonaristas-raiz, o que permite uma margem de manobra para o governo caso o petista seja eleito.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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