Com queda de preços em nove dos 13 itens considerados essenciais para a sobrevivência de uma família, entre eles o feijão, o arroz, o café e a carne bovina, a cesta básica teve uma redução de 1,38% no mês de julho em Natal, segundo pesquisa do Coordenadoria de Estudos Socioeconômicos (CES) do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema), divulgada ontem (7).
A queda de preços dos alimentos também provocou deflação em julho (-0,04%), primeira desde setembro do ano passado, quando o IPC – Índice de Preços ao Consumidor – de Natal registrou variação negativa puxada, principalmente, pelas despesas com transportes, reflexo da mudança no índice de cobrança do ICMS dos combustíveis.
Com IPC negativo de julho, a inflação acumulada de 2023 é de 2,78%. Nos últimos 24 meses (agosto/2022 a julho/2023), 3,70% e 633,30% desde que o Real entrou em vigor, em 1994.
O grupo Alimentação e Bebidas, que responde por 32,43% do índice geral em termos de participação no orçamento familiar, apresentou variação negativa de 0,45% em relação ao mês anterior. Os itens que mais contribuíram para essa queda de preços foram: Hortaliças e Verduras (-5,76%), Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (-4,88%), Panificados (-2,28%), Aves e Ovos (-2,10%), Carnes (-1,79%) e Pescados (-1,42%).
O grupo Despesas Pessoais apresentou variação negativa de 0,13%. Os itens que mais contribuíram para essa queda de preços foram: Recreação (-0,33%) e Serviços Pessoais (-0,16%).
O grupo Vestuário também teve variação negativa de 0,07% em função da queda de preços em Roupa Masculina (-1,50%) e Roupa Infantil (-0,95%).
Cesta Básica
Nas despesas com os produtos essenciais, o custo com a Alimentação por pessoa foi de R$ 559,65, quase o mesmo valor de janeiro/2023. Para uma família constituída por quatro pessoas, esse valor alcançou R$ 2.238,60. Se a essa quantia fossem adicionados os gastos com Vestuário, Despesas Pessoais, Transportes etc., o dispêndio total seria de R$ 6.903,00.
Dos 13 produtos que compõem a Cesta Básica, quatro tiveram variação positiva: Açúcar (6,56%), Tubérculos (2,81%), Leite (1,32%) e Legumes (0,37%). As variações negativas ocorreram em nove produtos restantes: Óleo (-7,77%), Feijão (-5,16%), Café (-4,63%), Arroz (-2,35%), Carne de Boi (-2,23%), Frutas (-2,17%), Pão (-1,87%), Margarina (-1,57%) e Farinha (-0,91%).
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