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Lançamento de espaçonave russa Luna-25 na região de Amur, na Rússia.

Mundo

06/03/2024

Rússia planeja construir usina nuclear na Lua

Nesta terça-feira (5), Yuri Borisov, chefe da agência espacial russa Roscosmos, revelou que a Rússia e China de têm planos para a instalação de uma usina nuclear na Lua entre os anos de 2033 e 2035. O objetivo seria viabilizar a construção de assentamentos humanos no satélite natural da Terra.

De acordo com Borisov, os dois países têm colaborado estreitamente em um programa lunar, aproveitando a experiência russa em energia espacial nuclear. Ele disse que os painéis solares, por si só, não seriam capazes de prover eletricidade suficiente para os futuros assentamentos lunares, uma carência que a energia nuclear poderia suprir de forma eficaz.

“Este é um desafio muito sério… deveria ser feito em modo automático, sem a presença de humanos”, comentou Borisov sobre o possível plano.

Além da possível instalação da usina nuclear, Borisov também abordou os planos russos de construir uma nave espacial de carga movida a energia nuclear. Ele anunciou que todas as questões técnicas relacionadas ao projeto foram resolvidas, incluindo a solução para o resfriamento do reator nuclear.

“Estamos de fato trabalhando em um rebocador espacial. Esta enorme estrutura ciclópica que seria capaz, graças a um reator nuclear e a turbinas de alta potência, de transportar grandes cargas de uma órbita para outra, coletar detritos espaciais e se envolver em muitas outras aplicações”, ressaltou Borisov.

Apesar dos reveses enfrentados pelo programa espacial russo nos últimos anos, com sua primeira missão lunar em 47 anos tendo falhado no ano passado, quando a espaçonave russa Luna-25 perdeu o controle e caiu, Moscou demonstra determinação em suas ambições lunares. O governo russo planeja lançar novas missões lunares e explorar a possibilidade de uma missão conjunta tripulada com a China, além de considerar a construção de uma base lunar.

Enquanto isso, a China anunciou no mês passado sua intenção de enviar o primeiro astronauta chinês à Lua antes de 2030, intensificando ainda mais a corrida espacial.

Por fim, Borisov rebateu as alegações dos Estados Unidos de que a Rússia planejava colocar armas nucleares no espaço, afirmando que tais acusações eram infundadas e parte de uma estratégia para atrair a Rússia para negociações de armas nos termos do Ocidente.

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