Mara da Motta/Agência Brasil

Sesap reforça que a população deve notificar a morte ou adoecimento de macacos visto que pode ser um sinal de circulação do vírus da febre amarela.

Sistema da Fiocruz permite notificação de animais silvestres por aplicativo de celular

O sagui, assim como outros primatas (macacos), é um animal sentinela da febre amarela, o que significa que ele não transmite a doença, mas a presença desses animais, mortos ou doentes, é um sinal de que está ocorrendo uma circulação do vírus naquela localidade. Quem de fato transmite a febre amarela para o homem é o mosquito infectado.

"A população tem papel importante na notificação da morte ou adoecimento de macacos, chamada de epizootia. Estes acontecimentos são considerados Eventos de Saúde Pública, e devem ser informados imediatamente aos órgãos responsáveis", disse Fabíola Medeiros, Médica Veterinária da SESAP. 

Com ajuda da tecnologia, a Fiocruz criou o aplicativo SISS-GEO (Sistema de Informação em Saúde Silvestre), ferramenta desenvolvida pela Fiocruz/RJ para registro da vida silvestre, disponível no Android ou IOS (https://sissgeo.lncc.br/apresentacao.xhtml). "O sistema é recomendado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), pois possibilita uma comunicação simples e rápida. 

A bióloga no Núcleo de Endemias e Zoonoses da Sesap, Cíntia Higashi, explica que o aplicativo permite uma comunicação mais rápida, por isso seu uso pela população é recomendado pela Secretaria. "A vantagem do SISS-GEO é que as notificações já chegam georeferenciadas, o que facilita a coleta do animal, além de permitir a inserção de fotos, o que otimiza o trabalho. As notificações chegam praticamente em tempo real para o CIEVS e o Programa de Vigilância de Epizootias".

Sistema de Informação em Saúde Silvestre 

O Sistema de Informação em Saúde Silvestre (SISS-Geo) foi desenvolvido pela FIOCRUZ atravpes da Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre, com apoio do Laboratório Nacional de Computação Científica. 

O sistema está disponível gratuitamente para a população, e pode ser baixado em smartphones e na web. De forma simples e acessível, o sistema permite que os registros de animais silvestres sejam feitos por cidadãos comuns, profissionais de saúde, meio ambiente, pesquisadores e especialistas em vida silvestre.

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