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Tomaz Silva/Agência Brasil
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No estado potiguar, a taxa de desocupação no último trimestre de 2022 foi de 9,9%, estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior, 10,5%.

Economia

01/03/2023

Taxa de desocupação no RN tem tendência de queda, e sua massa de rendimentos mantém-se em estabilidade

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem (28) os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) trimestral. O levantamento traz indicadores de trabalho e rendimento para o 4º trimestre (outubro-novembro-dezembro) de 2022, com informações sobre estados, regiões metropolitanas e capitais.
    
Com o objetivo de acompanhar a conjuntura do mercado de trabalho do país, a PNADC vem apontando para uma tendência de queda na desocupação. Em território potiguar, a taxa de desocupação foi de 9,9%, estatisticamente estável em relação ao trimestre anterior (que foi de 10,5%), mas apresentando queda quando comparada ao mesmo trimestre de 2021 (12,7%). Trata-se do melhor trimestre desde o 4º trimestre de 2013, quando o estado apresentou uma taxa de 9,8%. Ainda assim, esse valor representa a 10ª maior taxa de desocupação do país, em ranking liderado pela Bahia (13,5%).

Em números absolutos, essa taxa representa cerca de 153 mil pessoas que não conseguiram atividade laboral no estado, uma diminuição de cerca de 10 mil pessoas em relação ao trimestre anterior. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano de 2021 (194 mil), há uma queda de 21,1%. 
São consideradas desocupadas as pessoas que estavam sem trabalho e que tomaram alguma providência para conseguir emprego, como entregar currículo, atender a entrevistas de emprego, inscrever-se em concurso, entre outras atitudes. Essas pessoas estavam disponíveis para assumir o posto de trabalho naquela semana caso o tivessem encontrado, porém não obtiveram êxito.
    
A PNADC também permite verificar a situação da desocupação em diferentes grupos, permitindo indicar outros tipos de desigualdades presentes no território. Uma delas é a de gênero. Entre os homens, a taxa de desocupação foi de 9,3%, enquanto entre as mulheres foi de 10,8%. A diferença na taxa de desocupação entre os gêneros apresentou redução em relação ao trimestre anterior quando a taxa para eles foi de 9,2% e, para elas, de 12,3%.
    
A taxa de desocupação também é diferente quando se observa a cor ou raça da população. No RN, esse indicador foi de 8,8% para pessoas brancas, 7,7% para pessoas pretas e 11% para pessoas pardas. Em números absolutos, são 48 mil pessoas brancas desocupadas, ao passo que pretos e pardos somam 103 mil.
    
Em termos de escolaridade, a desocupação no RN é de 8,4% para quem não tem instrução ou tem até 1 ano de estudo; de 10,3% para aqueles com ensino fundamental completo; 11,8% entre as pessoas com ensino médio completo e 4,4% para os que possuem diploma de ensino superior. Ademais, do contingente de 153 mil desocupados, cerca de 131 mil (86%) têm até o ensino médio completo como maior nível de instrução (ou seja, esse grupo abarca desde aqueles sem instrução até aqueles com ensino médio completo). 
    
Em Natal, observou-se uma taxa de desocupação de 8,8% no 4º trimestre de 2022, representando uma situação de estabilidade no índice em relação ao trimestre anterior. Em comparação a outras capitais nordestinas, a capital potiguar tem a 3ª menor taxa de desocupação, ficando acima apenas de Fortaleza (7,5%) e Teresina (8,7%). Nacionalmente, Natal fica na 14ª posição no ranking.
    
Em termos de ocupação por grupamento de atividades no trabalho principal, o comércio continua a ser o setor que mais emprega no estado, representando 22,1% no volume de pessoas ocupadas. Em segundo está a administração pública com 20,9%. O setor de transporte, armazenagem e correios é o que possui menor participação no mercado de trabalho potiguar, representando cerca de 3,4% das pessoas ocupadas. 

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