Para a especialista da UnP, Ariane Duarte, identificar o peçonhento e buscar atendimento são formas de garantir que o pet tenha maiores chances de recuperação
A presença de animais peçonhentos em ambientes urbanos e rurais representa um risco tanto para seres humanos quanto para seus animais de estimação. Esses animais, como aranhas, escorpiões, serpentes e até mesmo águas-vivas, produzem veneno que é utilizado tanto para defesa quanto para captura de presas.
“Quando um pet é picado, é fundamental que o tutor saiba como agir para garantir a saúde e a segurança do animal”. A afirmação é de Ariane Duarte, médica-veterinária e responsável técnica pelo Centro Médico Veterinário da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.
“Os sinais de que um pet foi picado por um animal peçonhento variam dependendo do tipo de animal envolvido. Em geral, os sintomas incluem dor local, inchaço, vermelhidão, mal-estar, náuseas, vômitos e, em alguns casos, necrose na área afetada. Por exemplo, se um escorpião picar o focinho ou as patas de um cão, ele pode começar a mancar ou demonstrar dor intensa nessas regiões. É importante que, ao primeiro sinal de que algo está errado, o tutor leve o animal imediatamente ao veterinário. Esse cuidado é essencial para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível”, explica.
Identificação e tratamentos
Caso o tutor presencie o momento da picada ou consiga identificar o animal peçonhento, é recomendado que, se possível, leve o animal ou uma foto do mesmo ao veterinário Assim como em humanos, identificar corretamente o animal que causou a picada permite que o tratamento seja direcionado de forma mais eficaz, já que diferentes peçonhas exigem abordagens terapêuticas distintas.
Na medicina veterinária, ao contrário da medicina humana, não é comum o uso de soros específicos, como o antiofídico para cobras ou o antiescorpiônico. Ainda segundo Beatriz, em Natal, a produção desses soros para uso veterinário é praticamente inexistente, tornando o tratamento dos pets um desafio adicional. Apesar disso, os veterinários conseguem oferecer tratamentos de suporte que ajudam a controlar os sintomas e a minimizar os efeitos do veneno no organismo do animal.
“Para picadas de escorpiões, o tratamento normalmente inclui o uso de analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor e a inflamação. Já em casos de picadas de cobras, o tratamento pode ser mais complexo, variando de acordo com os sintomas apresentados. Alguns animais podem necessitar de oxigenoterapia ou até mesmo de internação hospitalar para um tratamento intensivo. Além disso, são usados medicamentos específicos para tratar sintomas como náuseas, dor e inflamação”, enfatiza a especialista da UnP.
Sobre o CMV
O Centro Médico Veterinário da UnP é a primeira Clínica-Escola da Grande Natal que atende pequenos animais. Instalado na Unidade Salgado Filho, o CMV está em uma das principais avenidas da capital, próximo a um dos cruzamentos mais movimentados da cidade, com acesso fácil a paradas de diversas linhas de ônibus e serviços de aplicativos.
O CMV é uma estrutura acadêmica que, na UnP, atende às áreas de Ensino, Pesquisa e Extensão. É um recurso obrigatório pelas Diretrizes Curriculares do Curso de Medicina Veterinária, estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
A Clínica-Escola é um espaço acadêmico de prática, com atendimento aberto à comunidade. Os atendimentos não são gratuitos, mas por se tratar de um serviço acadêmico possui uma política de preços diferenciada. Aqueles que desejarem saber mais informações podem se dirigir pessoalmente ao Centro Médico Veterinário ou entrar em contato pelo número 4009-1466.
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