Mais de oito anos se passaram e os moradores vítimas dos deslizamentos de terra que ocorreram em Mãe Luíza, em junho e julho de 2014, mesmo ano da Copa do Mundo no Brasil, permanecem sem suas casas reconstruídas.
Do total de 26 famílias vítimas da tragédia, metade recebeu apartamentos no condomínio Village de Prata, no bairro do Planalto, na Zona Oeste de Natal, e outras 13 aguardam pela reconstrução das casas dentro do próprio bairro de Mãe Luíza, uma promessa feita pela prefeitura de Natal que se estende até hoje (11).
De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação, Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (Seharpe), a licitação para a construção do Residencial Mãe Luiza foi concluída há pouco, no mês de junho. Agora a pasta está finalizando o processo para a assinatura do contrato com a empresa vencedora que será responsável pela obra. A expectativa é que essa assinatura ocorra até o final desta semana, e que a ordem de serviço para o início das obras seja dada até o fim deste mês.
Ainda segundo a Seharpe, o investimento para a construção do residencial é de aproximadamente R$ 4,5 milhões com recurso próprio do município. A previsão inicial de conclusão do Residencial Mãe Luiza, conforme o cronograma da licitação, é de 12 meses. Portanto, a estimativa é de que o condomínio esteja pronto em meados de agosto de 2023.
Residencial
O residencial Mãe Luíza será construído na Rua João XVIII, vizinho a 4ª Delegacia de Polícia Civil. Conforme apurado com a Seharpe, o prédio terá apenas um bloco com 29 apartamentos e uma sala para o síndico.
A construção do prédio dentro do próprio bairro de Mãe Luiza é um desejo dos moradores, tendo em vista que quase a totalidade deles residem no local desde que nasceram e suas famílias vivem na região há gerações. Além disso, diferentemente do condomínio Village de Prata, no Planalto, o bairro facilita o acesso a serviços básicos como escolas, creches, postos de saúde, comércio, sem falar na proximidade da praia.
Confira o minidocumentário que relembra a tragédia, intitulado: ''Tudo perdido, menos a esperança''.
Por: Beatriz Leão.
©2022 Dido Informação com Opinião. Todos os direitos reservados