A Abrasel criticou a decisão do Governo Federal de não retomar o horário de verão em 2024. Em coletiva de imprensa, o ministro Alexandre Silveira anunciou que a medida não deve voltar neste ano e que será discutida novamente apenas em 2025. Para a associação, a decisão desconsidera os importantes benefícios econômicos, sociais e ambientais que a medida traria para o país, especialmente no atual cenário, onde há tarifas elevadas de energia e pressão sobre o sistema elétrico.
Paulo Solmucci, presidente da Abrasel, destaca que a economia apontada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), de 2,9% no consumo de energia, não pode ser ignorada. “Surpreende-nos que, num cenário em que cada economia é importante para o consumidor brasileiro, o ministro considere irrelevante essa economia de energia. As tarifas estão cada vez mais caras, e sempre existe algum risco no fornecimento”, comenta Solmucci.
Além dos argumentos relacionados à energia, Solmucci critica a falta de consideração pelos impactos positivos que o horário de verão traria para o setor de bares e restaurantes, além do comércio e turismo em geral. “O ministro havia dado declarações públicas em que considerava os benefícios econômicos e sociais da medida, especialmente para setores como o nosso. No entanto, esses benefícios foram colocados de lado na decisão final”, lamenta.
A Abrasel também se diz preocupada com o fato de o país estar refém das condições climáticas. “É muito ruim que o Brasil dependa de previsões de chuvas para decidir sobre o horário de verão. Em países da Europa, América do Norte e até na América do Sul, essa política é comum e benéfica”, afirma Solmucci.
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