O governo de Joe Biden oficializou ao Congresso dos Estados Unidos a intenção de vender a Taiwan um pacote de US$ 1,1 bilhão em armas defensivas, à medida que as tensões com a China continuam na região. Caso a venda seja concretizada, será o quinto e maior pacote militar enviado à Taiwan durante o governo Biden. Ele inclui 60 mísseis Harpoon, 100 mísseis aéreos Sidewinder e um sistema de radar de defesa para rastrear possíveis mísseis.
A venda deve aumentar as tensões com a China, que tem enviado tropas aéreas e marítimas ao redor da ilha desde que a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a visitou no mês passado. Nesta semana, quando Biden externou a intenção de venda, a Embaixada da China em Washington alertou ao governo americano que o país precisa parar de vender armamentos à Taiwan.
Segundo o jornal Washington Post, a venda deve ser autorizada pelo Congresso, que considera aumentar a quantidade de assistência militar à Taiwan nos próximos quatro anos.
Essas vendas geralmente levam vários anos para serem entregues devido a questões relacionadas aos trâmites de vendas militares estrangeiras. Segundo a diretora da Casa Branca para assuntos de Taiwan e China, Laura Rosenberg, o governo empreende um "esforço substancial" para acelerar o processo. "Estamos conscientes da necessidade de agilizar a venda", disse ela.
O pacote faz parte da estratégia mais ampla do governo americano para deter as ações militares da China, segundo as autoridades. Essa estratégia também exige trabalhar com aliados e parceiros por meio de exercícios conjuntos na região e construir uma estabilidade econômica de Taipé para que o território possa suportar uma pressão crescente da China, acrescentaram. Os EUA devem começar a negociar economicamente com o país em breve.
Segundo Rosenberg, o envio do pacote é para aumentar as defesas de Taiwan contra as ameaças marítimas e aéreas da China. "Portanto, é realmente fundamental que eles sejam capazes de usar os Harpoons (mísseis anti-navio) em apoio à defesa costeira e os mísseis aéreos em apoio à sua defesa aérea."
Fonte: Estadão Conteúdo
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