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Agência Brasil/EBC
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Fachada do prédio do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília.

Eleições

12/07/2022

Militares preparam programa próprio de fiscalização da eleição e provocam TSE

O Ministério da Defesa montou uma equipe de oficiais das Forças Armadas para elaborar o roteiro de atuação dos militares para fiscalização paralela durante as eleições deste ano. Os militares argumentam que já enviaram mais de 80 questionamentos sobre o assunto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e não obtiveram respostas.

O plano vai além das sugestões de segurança das urnas eletrônicas encaminhadas ao TSE e coincide com recomendações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que pressiona a Corte eleitoral politicamente, lançando suspeição, sem que haja provas, sobre a confiabilidade do sistema eletrônico de votação. Até agora, a participação dos militares no processo eleitoral se limitava à ajuda na logística para transporte de urnas.

A campanha à reeleição de Bolsonaro quer que as Forças Armadas promovam uma contagem de votos à margem da oficial, algo que os militares não haviam proposto originalmente. O PL, sigla do presidente, vai realizar uma auditoria privada, como defendem militares.

O plano de fiscalização das Forças Armadas será dividido em oito etapas, seguindo de perto todas as fases do processo eleitoral. Esses oito momentos passam pela lacração das urnas, pelos testes de autenticidade e integridade e pela verificação da totalização dos votos, na qual a contagem é comparada com os boletins de urna impressos. Numa dessas etapas, os militares pretendem cobrar da Corte que os equipamentos sejam submetidos a testes.

Fonte: Estadão Conteúdo

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