Pneumologista e pediatra dão dicas valiosas para a população enfrentar essa época do ano e reduzir os danos de viroses e resfriados
Com a chegada do inverno e a brusca mudança de temperatura, é muito comum que aumente o número de doenças oriundas de infecções respiratórias. Segundo informações do Ministério da Saúde, “as temperaturas mais baixas favorecem a disseminação dos vírus causadores de infecções como gripe, resfriado e a própria Covid-19, que ainda não está totalmente controlada”.
De acordo com a pneumologista e professora do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), Soraia Cardoso, pacientes com asma, alergias e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que engloba as doenças bronquite crônica e enfisema, estão mais suscetíveis. “Com as mudanças de tempo constantes e as doenças virais, esses indivíduos acabam descompensando e correndo o risco de internação”, alerta Soraia.
Doenças desse tipo são mais facilmente transmitidas em ambientes fechados, com concentração de pessoas, e com pouca ventilação natural, o que é muito comum durante o inverno. Além disso, a exposição a baixas temperaturas também pode ser perigosa.
“Evitar o frio da noite e garoas, usar corretamente as medicações de controle, ficar longe de lugares com fumaça, fazer vacinação contra a gripe e, no caso de pacientes idosos, vacinar contra a pneumonia, são medidas importantes de prevenção”, explica a médica.
Na infância, os cuidados também são muito importantes, como reforça a pediatra e professora da UnP, Aldenilde Rebouças. Segundo a especialista, as doenças respiratórias que mais precisam de atenção dos pais e responsáveis nessa época do ano são: infecções virais pelo Influenza, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), bocavírus, rinovírus, metapneumovírus, grupo parainfluenza, adenovírus e coronavírus, identificados isoladamente ou juntos.
“Com o clima característico do inverno, há um aumento dos fungos e ácaros, pois as baixas temperaturas são ideais para seu desenvolvimento, dessa forma é preciso tomar cuidados como higienizar as mãos com frequência regular, beber muita água e não descuidar da higiene ambiental”, lembra Aldenilde.
De acordo com a pediatra, essa higiene diz respeito a troca de roupa de cama a cada 48 horas, realizar a troca de travesseiros a cada dois meses, não usar travesseiros de pena de ganso, evitar brinquedos de pelúcia ou material que retenha poeira, entre outras medidas.
Sejam adultos ou crianças, é muito importante observar se essas infecções não evoluem para algo mais grave. “Piora importante da falta de ar, que não melhora com a medicação que foi orientada para crise, tosse frequente acompanhada de falta de ar e febre persistente que não cessa com antitérmicos, são sinais de alerta para procurar atendimento médico”, orienta Soraia.
“Nas crianças, os sintomas que mostram alguma gravidade são febre alta, tosse prolongada e que não cede, tom de pele roxeado, apatia, não ingerir líquidos e não urinar, vômitos e diarreia”, destaca Aldenilde.
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