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Opinião

11/09/2022

Atividades físicas ajudam no tratamento de transtornos mentais

Benefícios para o bem-estar físico e mental levam profissionais da saúde a indicarem as academias como parte do tratamento

 

Durante a pandemia, Monique Marques, 57 anos, começou a perceber episódios cada vez mais constantes de síndrome do pânico. A realidade da potiguar é mais uma entre as pessoas que integram o aumento de 25% na incidência de transtornos como ansiedade e depressão durante o período, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). 

 

Para Monique, mesmo após o diagnóstico e começo do tratamento com medicação, o processo de recuperação ainda não parecia completo. “Já me exercitava antes, mas estava com receio e desmotivada para voltar. Tudo isso passou no primeiro dia que retornei para a Bodytech Tirol, tanto que saí da academia recomendando para todo mundo que eu conhecia e também estava passando por um momento difícil”, explica.

 

A sensação da aposentada é o motivo dos psiquiatras geralmente receitarem exercícios físicos juntamente com a medicação para o tratamento de transtornos. Em processos de adoecimento mental, o corpo também sai prejudicado e precisa igualmente de cuidados.

 

Quem explica a importância do movimento do corpo para a mente é Caroline Bezerra, psicóloga há 16 anos. "A gente esquece que não existe uma separação entre corpo e mente, e que o nosso emocional é um sistema movido a hormônios. Para regular esses processos, o corpo precisa de movimento, não importa se ele vai ser um treino pesado ou algo leve, qualquer atividade física dá a sensação de satisfação e prazer”, pontua.

 

Para Caroline, o diagnóstico é a chave para entender o melhor caminho a ser seguido quando falamos sobre exercícios físicos. “Em transtornos de humor, como depressão ou ansiedade, as pessoas tendem a ficar com a energia muito baixa. Então, principalmente no começo, é crucial ter o apoio de amigos e familiares ou contar com o empenho da equipe da academia para que essa pessoa siga motivada a melhorar”, frisa.

 

Nesse processo, dar o primeiro passo é, para muitos, a parte mais difícil. Por isso, o potiguar Thiago Siqueira, profissional de educação física há 14 anos na Bodytech Tirol, orienta sobre como deixar a volta à academia mais leve. “Na fase inicial, o importante de verdade é dar atenção aos treinos que aquele indivíduo mais gosta de fazer. A partir do momento que a pessoa vem se exercitando com regularidade, começa a valer a pena fazer um trabalho mais específico, voltado para suas necessidades físicas”.

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