Espetáculo idealizado por Eduardo Barata revive no palco quatro décadas de sucesso do artista paraibano
Com mais de 40 anos dedicados à composição, poesia e música, o artista paraibano Zé Ramalho terá sua extensa obra cantada e contada na mais nova produção idealizada por Eduardo Barata, "O Admirável Sertão de Zé Ramalho", que estará em cartaz nos dias 18 e 19 de junho, no Teatro Alberto Maranhão. As apresentações encerram a turnê que percorreu desde abril sete capitais do Norte e Nordeste. O musical, que tem patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Cultural, festeja o cancioneiro do cantor e compositor, a literatura e os lugares retratados em sua trajetória. Eles ganham vida no palco através da dramaturgia de Pedro Kosovski e a direção de Marco André Nunes, mas não de forma tradicional e biográfica.
Nele, Zé, o personagem, existe somente nos números musicais, criando algo totalmente inédito. O elenco é diverso, possibilitando, desta forma, a abordagem de vários pontos de vista, contando muitas histórias dentro de uma só. "O espetáculo é uma homenagem a um grande brasileiro que levou para o mundo a força artística do Nordeste, com qualidade em sua realização e enorme potência criativa. Com argumento simples, mas poético e reflexivo, assim como a música de Zé Ramalho, o texto apresentará personagens de referência na obra do homenageado – os retirantes, a seca, o vilão, os palhaços, etc.", conta o produtor e idealizador do projeto, Eduardo Barata.
Adriana Lessa, Ceiça Moreno, Cesar Werneck, Diego Zangado, Duda Barata, Marcello Melo, Muato, Nizaj e Tiago Herz compõem o elenco do musical que se divide em 5 módulos: "Brejo da Cruz", que apresenta as origens do artista; "Campina Grande", sobre a cidade onde começou o interesse de Zé pela música; "João Pessoa" retrata momento lisérgico da vida do músico, quando ele começou realmente a compor; "Rio de Janeiro" apresenta a batalha por um lugar ao sol, passando pela fome até a prostituição, e "Popstar" representa o sucesso e a consagração do autor de clássicos como "Admirável Gado Novo", "Garoto de Aluguel", "Pedra do Ingá" e "Chão de Giz", entre outros.
As próprias músicas revelam momentos da vida desse grande artista. Tudo carregado de simbolismo e metáforas, com uma estrutura de texto que complementa as letras do compositor. É uma oportunidade para entrar nas imagens que as canções evocam em cenas que apresentam recortes da trajetória de Zé Ramalho: desde a infância, até ele se tornar conhecido nacionalmente com o lançamento de 'Admirável Gado Novo'. Tanto quem conhece quanto quem não conhece muito o músico vai poder observar as canções e ser tocado pelas experiências que ele viveu.
Paraibano de Brejo do Cruz, Zé Ramalho se embrenhou na fonte da literatura de Cordel, do blues, do rock e do melhor do violão nordestino. Também é conhecido por sua contemporaneidade, produzindo poesia dentro da tradição musical nordestina, além de emoções e sentimentos universais na sua obra. Suas composições são tão abrangentes quanto o seu legado de influência sobre músicos e poetas.
Apelidado de Bob Dylan do sertão, o poeta, cantor, instrumentista e compositor Zé Ramalho foi influenciado pela Jovem Guarda. Misturou o estilo de Roberto e Erasmo Carlos, com a musicalidade do sertão, tendo como referência Pink Floyd, Beatles, Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, entre outros. Uma miscelânea de ritmos, sons, palavras e sensações, sem nenhum tipo de ranço vanguardista e ao mesmo tempo utilizando a tradição nordestina para construir e adaptar suas canções. Do amor ao esotérico, com toque de crítica. Do xote ao rock, sem ter medo da mais romântica balada. Este é Zé Ramalho. Da Paraíba, do mundo, da música. Sua obra se renova sem eliminar nada do que foi usado antes.
SERVIÇO:
"O Admirável Sertão de Zé Ramalho"
Dias 18 e 19 de junho, terça e quarta-feira, às 20h, no Teatro Alberto Maranhão
Vendas: https://www.megabilheteria.com/
Valor: A partir de R$ 30,00 (meia) e R$ 60,00 (inteira).
Duração: 01h50min
Classificação: 12 anos
Produção local: Jorge Elali Produções
Patrocínio: Petrobras, realização da Lei de incentivo à Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal - União e Reconstrução.
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